domingo, 31 de agosto de 2008
Jopss Stone
Hoje preciso sair comigo mesma...
Não serve outra companhia alem da minha...
Quero sair comigo...tomar um capuccino ou algo que nós gostamos...
Quero rir um pouco comigo mesma e de mim mesma...das tolices que fiz...dos medos que senti...das peraltices que aprontei ...
Quero me contar historias que eu já sei...pra me relembrar das coisas que acho que esqueci...
Quero me dar broncas...por coisas que eu insisti em fazer e me machuquei...
Quero me dar um abraço e dizer a mim mesma o quanto sou importante...o quanto tenho valor..
Quero me dizer o quanto preciso acreditar mais em mim...o quanto preciso viver mais a minha vida...dia após dia...
Quero só por hoje me encontrar e me amar um pouco...
Quero falar de Deus a mim mesma...do amor que Ele sempre terá por mim...
Quero comprar roupas e me dar de presente...
Quero tirar fotos de mim mesma...revelar..e depois rir das caretas que fiz...
Hoje eu preciso sair comigo mesma...
Ligar o som do carro no volume mais alto e cantar comigo mesma canções que eu gosto...
Hoje quero tomar um banho demorado...lavar os cabelos e deixar a água escorrer pelo meu rosto...
Quero olhar no espelho e dizer coisas que eu nunca disse a mim mesma...
Quero sair comigo e comprar um livro novo...pode ser romance...ou comédia...e lê-lo em minutos comigo mesma...
Hoje quero ouvir musicas que eu gosto,em minha companhia...
Por hoje quero entrar num restaurante caro,sentar-me comigo mesma e durante o jantar quero falar dos amores que eu já tive,dos que realmente amei e dos que já me esqueci...e falar pra mim mesma o que ainda me dói.
Quero só por hoje...correr com os cabelos ao ventos..dar-me a mão e sorri o mais tenro e demorado sorriso...
Quero hoje..me contar piadas e dar gargalhadas, comigo mesma, das tolices que eu mesma disser...
Hoje quero me deixar chorar as tristezas que me agoniam..e me ver aliviada..e então me abraçar forte e dizer a mim mesma o quanto sou forte...
Só por hoje quero a minha própria companhia pra mostrar-me o quanto sou feliz por me ter...
Hoje quero estar comigo mesma...
domingo, 24 de agosto de 2008
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
O Senhor é meu pastor (Isto é relacionamento!)
Nada me faltará(Isto é suprimento!)
Caminhar me faz por verdes pastos,(isto é descanso)
Guia-me mansamente a águas tranquilas.(Isto é refrigério!)
Refrigera a minha alma(Isto é cura!)
Guia-me pelas veredas da justiça(Isto é direção)
Por amor do Seu nome(Isto é proposito!)
Ainda que eu caminhasse pelo vale das sombras da morte,(Isto é provação!)
Eu não temeria mal algum,(Isto é proteção!)
Porque Tu estás comigo(Isto é fidelidade!)
A tua vara e o Teu cajado me consolam(Isto é disciplina!)
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos(Isto é esperança!)
Unges a minha cabeça com óleo(Isto é consagração!)
e meu cálice transborda(Isto é abundância!)
Certemente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida(Isto é benção!)
E eu habitarei a casa do Senhor(Isto é segurança!)Por longos dias(Isto é eternidade!)
Salmos 23
terça-feira, 12 de agosto de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
A gente não devia, mas acaba aprendendo. A vida é dura; os dias, maus; a convivência com os outros, complicada; por isso, nos especializamos na arte de enganar.
A gente acaba aprendendo a disfarçar as angústias mais profundas. Bastam algumas sessões fotográficas para o desenho da boca não denunciar qualquer dor e os olhos deixarem de ser janelas da alma. Cumprimentamos polidamente; mudamos de assunto (vai chover hoje?); olhamos em outra direção. Qualquer movimento serve, desde que nunca se evidenciem nossas fragilidades, nossos medos, nossas ansiedades.
A gente acaba aprendendo a empurrar com a barriga, a não se afobar, a adiar, a procrastinar. Não nos inquietamos com o disperder da vida; somos azes em projetar para o além o dever de existir hoje. Complacentes, esquecemos de querer bem, de cuidar do próximo, de fazer diferença.
A gente acaba aprendendo a não balançar o barco. Não é difícil perceber o tipo de conversa que as pessoas querem; se for triviliadade, esse será o papo; se querem ser enganadas, oferecemos ilusões. Ensinaram-nos que “é melhor um covarde vivo, do que um herói morto”. Assim, criativos, reciclamos os chavões do senso comum e ficamos “numa boa com a galera”. "Deixa quieto", repetimos para nós mesmos e preservamos nossa reputação, garantimos nosso salário; e ninguém vai se magoar com a nossa vidinha.
A gente acaba aprendendo a arte do bom-mocismo; cedo nos especializamos em bajular o professor, a enrolar a namorada, a tapear o patrão, a arranjar desculpas para os atrasos. Depois, tudo fica fácil: fazemos orações aos berros e impressionamos com nossa “ousadia de desafiar Deus”; aprendemos a eleger uns poucos mandamentos que nos parecem bem fáceis e intimidamos nossos adversários com uma auréola de “santidade”; dramatizamos com uma cara de humilde e emplacamos como os únicos herdeiros do Reino de Deus.
A gente acaba aprendendo a ser altruísta quando for vantajoso; a perdoar como uma vingança; a mostrar paciência para usufruir da “lei da semeadura e da ceifa”; a abrir mão dos direitos, porque existem promessas de que Deus abençoa os mansos.
A gente acaba aprendendo a usar máscara, a trocar de fantasia, a mimetizar os ambientes, a vestir saco e cilícios. Personificamos qualquer personagem. Quando necessário, encenamos bardos, parnasianos, românticos, pierrôs, anedotistas, vestais, místicos. E que ninguém nos acuse de cousa alguma, pois somos os mais probos, os mais cândidos, os mais angélicos.
E assim, de decoro em decoro, de incorruptibilidade em incorruptibilidade, de sobriedade em sobriedade, tornamo-nos sepulcros caiados, guias cegos, serpentes, raça de víboras; enfim, fariseus hipócritas.
Acho que chegou a hora de desaprender.